javascript:; F Petróleo Infonet: 06/01/12

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Novos dados atestam a continuidade da descoberta de Carcará no pré-sal da Bacia de Santos


A Petrobras informa que os novos dados obtidos com a perfuração do poço 4-SPS-86B (4-BRSA-971-SPS), que testa o prospecto designado como Carcará, reforçam a importância desta descoberta de petróleo de boa qualidade realizada no bloco BM-S-8 em águas ultraprofundas, no pré-sal da Bacia de Santos.
O poço comprovou, até o momento, uma coluna contínua de 171 metros de petróleo em reservatórios de excelente qualidade. Foram retiradas novas amostragens de petróleo de cerca de 32º API de reservatórios situados até 5.910 metros, que também atestam a continuidade da descoberta já comunicada ao mercado pelo Consórcio em 20/03.
O poço está localizado a 232 km do litoral do Estado de São Paulo, em profundidade de água de 2.027 metros. Atualmente, o poço está sendo perfurado, ainda dentro da zona de petróleo, a 5.926 metros de profundidade, buscando determinar o limite inferior dos reservatórios e identificar a espessura total das zonas de interesse. 
O Consórcio dará continuidade às atividades e investimentos necessários para a avaliação da área, conforme o Plano de Avaliação aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A Petrobras é operadora do consórcio (66%) em parceria com a Petrogal Brasil (14%), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás Ltda. (10%) e Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (10%).
Fonte: Petrobras
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Repsol e Sinopec têm US$ 1 bi para o pré-sal



Resultado de um aumento de capital de US$ 7,1 bilhões, que colocou os chineses no pré-sal, e operadora da maior descoberta feita na região por uma empresa privada, a Repsol Sinopec vai investir US$ 947 milhões no Brasil este ano, quase US$ 200 milhões a mais do que em 2011. O novo presidente da companhia, José Maria Moreno, chegou no país em abril, tem os números na cabeça e não esconde o entusiasmo com os desafios.

Ele explica que os investimentos no Brasil serão muito maiores do que os que foram detalhados no plano de negócios da Repsol esta semana. A espanhola divulgou que vai investir o equivalente a US$ 1,508 bilhão no campo de Sapinhoá e US$ 1,005 bilhão no campo Carioca entre 2012 e 2016. Moreno explica que esses valores se referem apenas à participação de 60% da Repsol. Não incluem os 40% que cabem à Sinopec, e por isso o investimento nesses dois campos, no antigo bloco BM-S-9, serão de US$ 2,513 bilhões e US$ 1,675 bilhão, respectivamente. A empresa tem 25% no bloco, que antes era chamado de Guará.

Executivo experiente da Repsol com passagens pela Bolívia e Argentina, só para ficar na América do Sul, Moreno deixou claro que só por enquanto o maior destino dos investimentos da empresa irão para Sapinhoá. Operado pela Petrobras, ele deve começar a produzir no início de 2013 e até 2015 se espera uma produção de 250 mil barris/dia.

A estatal chinesa Sinopec adquiriu 40% dos ativos da Repsol no Brasil ao participar sozinha de um aumento de capital da empresa em 2010. O dinheiro que entrou ficou no caixa, que ainda tem US$ 6 bilhões. Pelo acordo, a Repsol nomeia o presidente da companhia brasileira e a Sinopec nomeia o diretor financeiro. Hoje, segundo Moreno, onze chineses trabalham na companhia, que tem 300 funcionários, incluindo terceirizados.

A descoberta mais animadora da Repsol Sinopec no Brasil tem o nome de uma das belezas naturais do Rio - o reservatório foi apelidado de Pão de Açúcar - e fica no pré-sal da bacia de Campos. Ali a Repsol Sinopec encontrou 1,2 bilhão de barris recuperáveis, sendo um campo gigante de petróleo levíssimo (48 graus na escala da Sociedade Americana de Petróleo), dois campos menores e 3 trilhões de pés cúbicos (TCFs) de gás.

Moreno diz que a Repsol "nunca viu" uma estrutura tão grande como a encontrada nesse reservatório, que tem uma estrutura de hidrocarbonetos com 500 metros de extensão. "Dos campos que conhecemos é o maior. E temos a sorte de sermos operadores", comemora, acrescentando não ter informações sobre outras áreas como o supergigante Lula (Petrobras, BG e Galp Sinopec), onde se estimam reservas de 6,5 bilhões de barris.

O Pão de Açúcar foi a terceira descoberta da empresa no bloco BM-C-33, onde encontrou outros dois reservatórios: Seat e Gávea, que são menores. Somente para delimitar as reservas dos três Moreno prevê investimento de US$ 1 bilhão com a perfuração de novos poços, já no processo anterior à declaração de comercialidade. E isso é só o começo. "Se confirmarmos que os recursos são maiores, então entramos na fase de desenvolvimento da produção. E aí estaremos falando em investimentos de US$ 10 bilhões, dos quais temos 35% como Repsol Sinopec, ou 21% como Repsol", explica Moreno.

A Repsol Sinopec também já está discutindo com a Petrobras e Statoil, suas sócias no BM-C-33, as alternativas para produzir e escoar o petróleo e o mais difícil, o gás. O Pão de Açúcar está em águas ultraprofundas (2.800 metros de lâmina de água) e a 195 quilômetros do Rio de Janeiro.

O gás encontrado no mar não pode ser queimado na atmosfera, como prevê a legislação, e agora se estuda alternativas para um horizonte além de 2016. Moreno explica que ainda não há decisão sobre o modelo de produção e estão em análise várias possibilidades. Uma delas é a instalação de uma plataforma do tipo Spar (sem armazenamento), onde o óleo e condensado e o gás seriam separados e transportados através de um oleoduto e um gasoduto até o continente.

Outra é instalar uma plataforma tipo FPSO e um gasoduto; ou uma FPSO combinada e uma plataforma flutuante para liquefação do gás natural (LNG FPSO). "Hoje não temos resposta sobre o projeto. Para mim, o que faz mais sentido é levar o gás à terra porque sempre se tem mais alternativas", disse.

Na avaliação de Moreno, até 2019 o Brasil terá excedentes de gás e nesse caso a única maneira de movimentar será através da liquefação. Na entrevista, o executivo evitou falar sobre a Argentina, onde o governo tomou da Repsol o controle da YPF. Enfatizou que os acontecimentos no vizinho não afetam o Brasil e se diz ansioso pela 11ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo (ANP), ainda sem data.

Fonte: Valor Econômico/Por Cláudia Schüffner | Do Rio
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