javascript:; F Petróleo Infonet: 04/06/12

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Projeto de porto em Maricá (Jaconé) causa polêmica



Rio de Janeiro (RJ) - A construção de um megaempreendimento na área petrolífera, que já está sendo chamado de Porto do Pré-Sal e poderá ser erguido em Jaconé, distrito de Maricá, com recursos privados e apoio do governo do estado e da prefeitura local, está no centro de uma polêmica envolvendo ambientalistas. Eles temem danos às praias da região. Além disso, o assunto mobiliza o município de Angra dos Reis, que teme perder parte de sua receita caso o projeto saia do papel. Enquanto Maricá luta pela construção do Terminal Ponta Negra (TPN), orçado em R$ 5,4 bilhões, Angra dos Reis defende que o Terminal da Baía da Ilha Grande (Tebig), em seu território, seja ampliado, a um custo de R$ 2 bilhões.
Ambientalistas vão fazer manifestação no sábado
Os dois projetos, o de Angra e o de Maricá, incluem investimentos em tecnologia moderna contra vazamentos de óleo. A previsão é que o novo porto tenha capacidade para receber por dia 850 mil barris de petróleo, 40% da produção do país. Preocupados, ambientalistas, moradores, veranistas e surfistas contrários ao empreendimento vão fazer uma manifestação no sábado na Praia de Jaconé. De mãos dadas, eles vão dar um abraço simbólico na praia.
- As praias da Reserva e do Sossego são berçários de baleias jubarte e golfinhos. Somos contra o porto porque ele vai agredir não somente as praias, mas a vegetação de restinga - disse o diretor de Meio Ambiente da Associação de Moradores de Jaconé, Jorge Murilo Rodrigues de Moraes.
Secretários terão que explicar empreendimento
Os secretários estaduais do Ambiente, Carlos Minc, e de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, foram convocados para explicar o projeto do megaporto na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. O objetivo da DTA Engenharia, responsável pelo projeto, é inaugurar o empreendimento em 2015, junto com o Complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj).
- O Tebig existe em Angra dos Reis há 40 anos sem registro de acidentes - disse o deputado federal Fernando Jordão (PMDB-RJ), ex-prefeito de Angra e autor da convocação dos secretários. - Os navios e plataformas que ficam fundeados perto da Lagoa Azul não têm nada a ver com o Tebig. São embarcações que estão ali, com licença do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), para reparos no estaleiro Brasfels. Os navios da Transpetro ficam fundeados na Ponta do Acaiá, na direção do oceano.
A polêmica levou vereadores, secretários municipais, deputados, sindicalistas, empresas e associações de moradores a se reunirem no início da semana, na Câmara de Angra, onde foi lançado o movimento "O Tebig é nosso", com apoio do prefeito Tuca Jordão.
- A Petrobras garante que o Tebig não vai fechar, mesmo que outro terminal seja construído. Mas, a partir do momento em que a Petrobras decide que não vai mais ampliar, o Tebig está fadado a fechar - disse Jordão.
Minc: porto não será ampliado para preservar baía
Minc disse que o veto à duplicação do Tebig é uma decisão conjunta das secretarias do Ambiente e de Desenvolvimento Econômico, com aval do governador Sérgio Cabral. Segundo Minc, ainda não chegou à sua secretaria o pedido de licenciamento do porto de Maricá.
- Não vamos retirar o Tebig de Angra, mas não deixaremos duplicar o número de petroleiros navegando na baía mais preservada do Rio (a da Ilha Grande). Não vamos permitir que a Baía da Ilha Grande fique igual às baías da Guanabara e de Sepetiba, que estão totalmente degradadas - disse Minc.
O prefeito de Maricá, Washington Quá Quá, disse que foi a prefeitura que procurou investidores para construir o porto em Jaconé. Ele disse que o desemprego é o maior problema da cidade e que o complexo vai gerar quatro mil postos de trabalho diretos e 12 mil indiretos. O município contratou uma empresa para fazer o estudo de impacto ambiental, que deve ficar pronto até julho. Washington negou que o porto terá impacto no litoral de Maricá:
- É mentira que Jaconé seja berçário de baleias. Elas procuram áreas abrigadas no litoral de todo o Brasil. Do ponto de vista ambiental, é mais lógico construir um porto em mar aberto do que numa baía, como é o caso de Angra.

Fonte: Agência O Globo
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Total: Flow from Elgin Leak Decreases


Total's Elgin Relief Well May Take More Than 6 Months
PARIS - French oil major Total SA on Friday said a remote-controlled submarine confirmed that no natural gas is leaking underwater at itsElgin rig in the North Sea and that observations showed the flow of the gas leak on the rig's deck is decreasing.
The submarine, which was launched from a ship sailing near the platform, confirmed there is no underwater leak as Total had originally said and observations from the ships suggest the gas flow from the leak seems to be decreasing, Total said Friday in a statement.
Separately, a crew of Total engineers and specialists from Wild Well Control Inc.--the company that helped to tackle the 2010 Gulf of Mexico oil spill and Kuwait's raging oil fires--went to the rig on Thursday to evaluate the possibility of launching an operation to kill the well through heavy-mud pumping.
The crew issued an encouraging report, Total said. "We achieved our goals. Everything went as we would have hoped and the planned well intervention is achievable. There is certainly no showstopper to launch the well control operation," Wild Well said, according to a Total statement released Friday.
The specialists said they didn't find gas present on the Elgin Process, Utilities, Quarters, or PUQ, platform, which is connected by a 90-meter bridge to the wellhead rig. They also identified infrastructure on the well-head rig that would allow an operation to kill the well through heavy-mud pumping.
Total evacuated and powered off the Elgin rig on March 25 after a sudden rush of pressure in a volatile well sent gas and mud spewing out from the drilling deck. Since then, operations at the rig, as well as at other ones operated by Total in the area in the North Sea, have been halted.
Source: RIGZONE
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3º Workshop em Exploração e Produção de Petróleo e Gás



Data: 11/04/2012 até 13/04/2012
Local: Universidade Federal do Espírito Santo - São Mateus
Telefone: (27) 3312-1573
Email: contato@petroufes.com.br
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Terminologia Offshore - LETRA H


Letra H

HANGER - DISPOSITIVO DE SUSPENSÃO - Dispositivo usado para a suspensão temporária da coluna de perfuração.
HANG-OFF CHAIN - BOÇA DE CORRENTE - Utilizada para sustentar o mangote quando de sua conexão/desconexão no convés do navio-tanque amarrado à monobóia.
HARD EYE - MÃO COM REFORÇO - Mão de cabo (aço ou fibra) com estrutura interna de proteção (sapatilho).
HAZARD - PERIGO - Qualquer condição do equipamento de perfuração ou do ambiente que tende a provocar acidentes ou incêndio.
HEAD WELL PULLER - CHEFE DA EQUIPE DE QUEBRA - Chefe da equipe encarregada das operações de retirada de tubulação ou das varetas da bomba embutida de um poço. Essa operação é executada para restaurar a condição produtiva de um poço.
HEADACHE - ALARME - É um grito de alarme dado quando existe perigo da queda de objetos próximos a uma instalação de perfuração.
HEADACHE POST - POSTO DE PROTEÇÃO - É uma viga (ou poste) no piso da torre de perfuração a cabo, que evita a queda da viga oscilante (balancim) quando a vareta pitman (veja PITMAN) é desconectada da manivela motriz.
HEADS (FLOWING BY) - FLUXO INTERMITENTE - É a condição em que o poço flui intermitentemente ao invés de continuamente.
HEAVING SHALE - “XISTO” SOLTO - Formação de folhelho que, de maneira insistente, desaba, entumece ou cai dentro do poço.
HELIDECK - HELIPONTO - Área da unidade destinada ao trânsito de aeronaves (helicópteros).
HELIUM SPEECH CONVERTOR - CORRETOR FÔNICO - Equipamento destinado a corrigir as distorções da voz humana provocadas pela inalação do gás hélio, usado em mergulhos a altas profundidades.
HIGH LINE - CABO PUXADOR - É a combinação de cabo com arame utilizada para puxar ao piso da torre tubulações e equipamentos externos.
HOG (MUD) - BOMBA DE CIRCULAÇÃO DE LAMA - Bomba de lodo, utilizada para circular a lama dentro de uma perfuração de poço (veja bomba duplex).
HOLDING POWER - CAPACIDADE DE PERMANÊNCIA - Capacidade de uma âncora de permanecer enterrada.
HOLE (CROOKED) - POÇO DESVIADO - Perfuração de poço que é inadvertidamente desviada ou perfurada em espiral (ou torto).
HOLE (DRY) - POÇO SECO - Poço não produtivo, também conhecido como duster (poeirento).
HOOK - GATO - Gancho de trabalho contínuo com capacidade para 500 toneladas ou mais, suspenso pelo moitão móvel (veja TRAVELLING BLOCK) que manipula as cargas das colunas de perfuração e revestimento quando de sua colocação ou retirada.
HOOK (WALL) - GANCHO DE RECUPERAÇÃO - Ferramenta para pesca de objeto perdido (peixe) já centralizado na tubulação que possui dentes serrilhados e cunhas.
HORIZON (OIL) - HORIZONTE INTERFACIAL - Relação interfacial entre petróleo e gás, ou petróleo e água, em um reservatório.
HORSE BAR - LIMITADOR DE CURSO - Limitador de movimento do cabo de reboque de uma embarcação instalado de forma a prevenir que o mesmo cabo saia pelo través do guincho de reboque o que, dependendo da força de tração, pode emborcar o rebocador.
HORSE HEAD - CABEÇA DO BALANCIM - É o acessório na extremidade de um balancim (veja WALKING BEAM) onde são ligadas as varetas de aspiração ou seção de um elevador (veja ELEVATOR) para operação da bomba embutida, em um poço com pouca pressão de reservatório.
HOSE - MANGOTE - Nome genérico dado às mangueiras flutuantes divididas em seções para transporte do óleo produzido da monobóia para o petroleiro.
HOSE (ROTARY) - MANGUEIRA ROTATIVA - Mangueira de borracha, ou aço, para altas pressões, com 18,3 m de comprimento, que liga a tubulação de distribuição ao tornel, para conduzir a lama circulante à coluna de perfuração.
HOSE COUPLINGS - ACOPLAMENTOS PARA MANGUEIRA - Conexões para encaixe entre terminais machos e fêmeas de mangueiras e/ou tomadas.
HOT OIL - PETRÓLEO CONTRABANDO - Petróleo produzido em violação aos regulamentos estaduais ou transportado para fora do estado em violação aos regulamentos federais.
HULL - CASCO - Estrutura de navios ou plataformas para flutuação.
HYDRAULIC RING FOR PROPELLER NUT - ANEL HIDRÁULICO PARA PORCA DO HÉLICE - Trava de segurança para o hélice colocado no eixo, sendo encaixado sob pressão hidráulica.
HYDROCARBON - HIDROCARBONETO - É um composto orgânico constituído apenas de moléculas de hidrogênio e carbono.
HYPERBARIC CHAMBER - CÂMARA HIPERBÁRICA - Local para descompressão, ou compressão, da equipe de mergulho em adaptação à pressão externa no ambiente de trabalho.
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O que é uma Sonda de Perfuração?


Sonda de perfuração ou Plataforma de perfuração são equipamentos utilizados para perfurar poços que permitam o acesso a reservatórios de petróleo ou gás natural. Dependendo da localização do reservatório, as sondas podem ser terrestres ou marítimas. Estas últimas são instaladas sobre uma base flutuante e podem ou não ter propulsão própria.
A sonda é composta pelos seguintes equipamentos:
  1. Tanque de lama
  2. Agitadores de argila
  3. Linha de sucção de lama
  4. Bomba do sistema de lama
  5. Motor
  6. Mangueira vibratória
  7. Draw-works
  8. Standpipe
  9. Mangueira da Kelly
  10. Goose-neck (Pescoço de ganso)
  11. Traveling block
  12. Linha de perfuração
  13. Crown block
  14. Derrick
  15. Monkey board
  16. Stand do duto de perfuração
  17. Pipe rack
  18. Swivel
  19. Kelly drive
  20. Mesa rotatória
  21. Superfície de perfuração
  22. Bell nipple
  23. Ânulo do Blowout preventer (BOP – sistema de prevenção de fluxo descontrolado)
  24. Dutos do Blowout preventer
  25. Linha ou coluna de perfuração
  26. Broca de perfuração
  27. Cabeça do Casing
  28. Duto de retorno da lama

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A Atividade Offshore no Brasil


Histórico da atividade offshore no Brasil
As primeiras atividades: Bacias do Nordeste


A exploração de petróleo em reservatórios situados na área offshore no Brasil iniciou-se em 1968, na Bacia de Sergipe, campo de Guaricema, situado em lâmina d’água de cerca de 30 metros na costa do estado de Sergipe, na região Nordeste.


Para o desenvolvimento na bacia de Sergipe aplicaram-se as técnicas convencionais da época para campos de médio portes: plataformas fixas de aço, cravadas através de estacas, projetadas somente para produção e teste de poços, interligados por uma rede de dutos multifásicos. Todo o complexo era ligado, também, por duto multifásico, a uma estação de separação e tratamento de fluidos produzidos localizada em terra.
As primeiras plataformas, principalmente as instaladas nos campos de Guaricema, Caioba, Camorim e Dourado, eram, com pequenas variações, do tipo padrão de quatro pernas, convés duplo, guias para até seis poços, sistema de teste de poços e de segurança. A perfuração e a completação dos poços eram executadas por plataformas auto-elevatórias posicionadas junto à plataforma fixa. Posteriormente os projetos foram implementados e a perfuração dos poços passou a ser feita, também, por sondas moduladas instaladas diretamente no convés superior das plataformas e assistidas por navios tender.
Nos anos seguintes, com o aumento da atividade, não só na costa de Sergipe, mas também nas de Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará, a Petrobras decidiu desenvolver projetos próprios de plataformas que atendessem às características de desenvolvimento dos campos. Este esforço resultou em 3 projetos de plataformas fixas distintos, conhecidas como plataformas de 1a., 2a. e 3a. famílias.
A plataforma de 1a. família era similar às plataformas fixas iniciais desenhada para ter até 6 poços de produção e podiam ser instaladas em lâmina d’água de até 60 m; se necessário com um pequeno módulo para acomodação de pessoal.
A plataforma de 2a. família comportava a produção de até 9 poços, permitia a separação primária de fluidos produzidos, sistema de transferência de óleo, sistema de teste de poços, sistema de segurança e um sistema de utilidades. Era uma com acomodações de pessoal.
As plataformas de 3a. família tinham a concepção mais complexa. Permitiam a perfuração e completação de até 15 poços e as facilidades de produção podiam conter uma planta de processo completa (teste, separação, tratamento e transferência de fluidos), sistema de compressão de gás, sistema de recuperação secundária, sistemas de segurança e de utilidades e acomodação de pessoal. As plataformas de 3a. família tinham concepção apropriada para atuarem como plataformas centrais.
As principais características das plataformas de 1a., 2a. e 3a. famílias são apresentadas na tabela desta página abaixo.
Características das Plataformas
ITEM
1a. FAMÍLIA
2a. FAMÍLIA
3a. FAMÍLIA
No. de pernas
4
4
8
Dimensões dos conveses
12m x 18m
26m x 29m
26m x 59m
Lâmina d’água
60m
60m
150m
Capacidade de produção (m3/dia)
1.100
2.500
7.200
No. de poços
6
9
15

Em 1975, para o desenvolvimento dos campos de Ubarana e Agulha, no Rio Grande do Norte, além das plataformas de aço convencionais, decidiu-se pela utilização de plataformas de concreto gravitacionais, segundo concepção do consórcio franco-brasileiro Mendes Jr. – Campenon Bernard.
Foram utilizadas 3 destas plataformas, duas em Ubarana e uma em Agulha. Pela concepção original, cada plataforma comportava a perfuração e a completação de até 13 poços, separação, tratamento, armazenamento e transferência de óleo, compressão de gás além dos sistemas de utilidades, segurança e alojamento de pessoal. As plataformas, em formato de caixa têm um convés único medindo cerca de 2.500 m2 além de um espaço interno, chamado de "galeria técnica" para instalação de bombas de transferência, sistema de lastro e tratamento/descarte de água produzida.
A planta de processo de cada plataforma comportava uma produção de 5.000 m3/dia de óleo e a capacidade do tanque de armazenamento era de 20.000 m3. A altura total da plataforma era de 25 metros, instalada em locais de lâmina d’água aproximada de 13 metros. São instalações que se destinavam a operar como plataformas centrais.
As plataformas de concreto, que tiveram largo uso no Mar do Norte, têm uso limitado na área offshore brasileira em pequenas lâminas d’água.
A Bacia de Campos – primeiras descobertas

Até 1977 as atividades de produção offshore no Brasil limitaram-se às áreas do Nordeste brasileiro em lâminas d’água de até 50 metros.
Em 1974 houve a primeira descoberta de petróleo na Bacia de Campos, atualmente a principal província petrolífera do Brasil, localizada na parte marítima do estado do Rio de Janeiro, na região Sudeste do país.

Entretanto, a atividade começou em agosto de 1977, na segunda descoberta, com o campo de Enchova, em lâmina d’água de 120 metros. Um novo conceito, em termos de explotação, foi introduzido, denominado Sistema Antecipado de Produção (EPS).
Na fase 1 deste desenvolvimento a plataforma de perfuração semi-submersível Sedco-135D foi equipada com uma planta de processamento simples. A produção fluía para a superfície através de uma árvore teste (árvore EZ) suspensa pela plataforma de perfuração, dentro do sistema de prevenção de blowout (BOP) e do riser. O óleo e o gás eram separados e o gás queimado. O óleo processado era então transferido através de uma mangueira flutuante para um navio tanque ancorado nas proximidades, ligado a um sistema de ancoragem de quatro pontos.
Na segunda fase, uma outra semi-submersível, Penrod-72, também parcialmente convertida em plataforma flutuante de produção, foi usada.
Como na fase inicial, a plataforma era posicionada sobre um poço produtor usando uma árvore de BOP de superfície, enquanto um segundo poço submarino era colocado em produção através de uma árvore "molhada", a uma profundidade de água recorde de 189 metros. Da árvore submarina, a produção fluía para a Penrod-72 através de um sistema flexível livre de linhas de escoamento e riser, que incluía um umbilical de controle para comunicação entre a árvore e a plataforma. O óleo processado dos dois poços era transportado através de uma linha de escoamento e riser flexíveis até uma monobóia ancorada por um sistema de pernas em catenária, Catenary Anchor Leg Mooring (CALM). Uma segunda linha de escoamento e riser flexíveis era conectada entre a Penrod-72 e a Sedco-135D, o que proporcionava uma capacidade de produção contínua.
Foi o nascimento do Sistema de Produção Antecipada, capaz de antecipar a produção, e, ao mesmo tempo, fornecer dados detalhados sobre o reservatório. Estes dados foram então usados para o projeto do sistema permanente de exploração que, uma vez no local, permitia o emprego dos EPS em outra área. As vantagens do uso de risers flexíveis foram a acomodação do movimento das unidades flutuantes e a facilidade de sua instalação. Adicionalmente, os risers e linhas de fluxo flexíveis eram frequentemente reutilizadas em novos sistemas.
Apesar do fato de que era somente o segundo sistema flutuante de produção no mundo, esse conceito realmente ganhou força no Brasil. A surpreendente alta segurança e baixo custo indicam que o EPS era a concepção em águas profundas, pelo menos nesta parte do hemisfério. A partir de então, e visando principalmente uma antecipação de produção, os sistemas flutuantes foram largamente empregados na Bacia de Campos.
Um evolução natural deste sistema foi a completa conversão das plataformas semi-submersíveis de perfuração em unidades flutuantes de produção, que tem sido mundialmente seguido, depois desta primeira experiência de sucesso.
O campo de Garoupa, primeiro a ser descoberto, também em lâmina d’água de 120 metros, somente entrou em produção em 1979, juntamente com o de Namorado, este em lâmina d’água de 160 metros. Apesar de se tratar de campos com potencial superior aos campos marítimos do Nordeste, a utilização de sistema de produção com plataformas fixas e tubulações rígidas não era economicamente viável por serem isolados e muito distantes do litoral, cerca de 80 km.
Optou-se então pelo conceito de sistema flutuante de produção utilizando navio. A concepção envolvia tecnologia pioneira e foi um marco na atividade offshore mundial. O sistema compreendia 8 poços de produção com completação seca utilizando câmaras atmosféricas, manifold atmosférico, navio para processamento da produção atracado a uma torre articulada e navio para carregamento de óleo atracado a outra torre articulada. Todo o sistema era interligado por tubulações flexíveis.
A concepção não voltou a ser utilizada pela Petrobras por problemas técnicos e econômicos particulares do projeto. Contudo, contornados os problemas e eliminados os aspectos pioneiros, mostrou-se perfeitamente viável. Paralelamente, um programa de implantação de um sistema definitivo de produção foi desenvolvido. O programa compreendeu o projeto, fabricação, transporte, instalação e montagem de 7 plataformas fixas de aço, de grande porte, e o projeto, fabricação e lançamento de aproximadamente de 500 km de dutos rígidos no mar e 500 km em terra, para escoamento de óleo e gás.
As plataformas do Sistema Definitivo da Bacia de Campos, implantado em 1983, foram instaladas em lâminas d’água variando entre 110 e 175 metros e concebidas segundo dois tipos principais:
  • Plataformas Centrais. Tipo fixa de aço, cravadas por estacas, com 8 pernas, para perfuração e produção de poços, equipadas com plantas completas de processo da produção, sistema de tratamento e compressão de gás, sistemas de segurança e utilidades e acomodação de pessoal. A capacidade de produção dessas plataformas varia de 15.000 a 32.000 m3/dia de óleo (95.000 a 200.000 bpd).
  • Plataformas Satélites. Semelhantes às plataformas centrais, porém a planta de processo da produção compreendendo apenas um estágio de separação primária de fluidos produzidos. A capacidade varia de 8.000 a 10.000 m3/dia de óleo (50.000 a 63.000 bpd). Estas plataformas com concepção semelhante às utilizadas no Mar do Norte, são bastante diversas daquelas instaladas na região Nordeste do Brasil que têm concepção semelhante às plataformas do Golfo do México.
Pólo Nordeste


A partir de 1984, a Bacia de Campos começou a mostrar seu completo potencial, com a descoberta de campos gigantes em águas profundas que, à época, variavam de 300 a mais de 1.000 metros de lâmina d’água.





Enquanto a Petrobras analisava o desenvolvimento de tecnologia para produzir esses campos, o desenvolvimento do Pólo Nordeste – abrangendo os campos de Pargo, Carapeba e Vermelho – era realizado. A partir de 1989, 7 plataformas fixas foram instaladas, todas utilizando bombas elétricas submersas (ESP).
O desenvolvimento do Pólo Nordeste inclui:
  • Instalação de 6 templates;
  • Perfuração e completação de 120 poços, com ESP;
  • Instalação de 5 plataformas satélites de produção e 1 sistema central com duas plataformas geminadas, uma para a planta de processo e outra para utilidades (Pargo 1A e Pargo 1B);
  • Lançamento de 70 km de linhas de escoamento e 50 km de cabos elétricos de força submarinos.
Águas Profundas
Em 1984, o campo de Albacora foi descoberto seguido por: Marimbá (1985), Marlim (1985), Marlim Sul (1987), Marlim Leste (1987), Barracuda (1989), Caratinga (1989) e Roncador (1996). Esses campos estão situados em lâminas d’água superiores a 300 metros (profundidades limite para o uso de mergulhadores na instalação, operação e manutenção) e demandaram o desenvolvimento de tecnologia pioneira para serem postos em produção.
O campo de Marimbá, localizado em lâminas d’água que variam entre 350 e 650 metros, pode ser considerado um verdadeiro laboratório onde a tecnologia de produção em águas profundas so sistema flutuante de produção com semi-submersível, foi testada e colocada em produção.
Instalado em 1986, o sistema consiste de uma plataforma semi-submersível (P-15) situada em lâmina d’água de 243 metros que recebe e processa a produção de 11 poços com completação submarina. Um dos poços desse sistema, o 1-RJS-24 estabeleceu o recorde mundial de completação submarina em abril de 1985 a 385 metros. Em 1988, o 3-RJS-376 entrou em produção em lâmina d’água de 492 metros, estabelecendo novo recorde mundial.
O campo de Albacora ocupa uma área de 115 km2 em lâmina d’água de 230 a 1.000 metros; suas reservas totalizam 600 milhões de barris. Seu desenvolvimento foi dividido em três fases. Cada fase foi usada para fornecer informações, testar novos conceitos, e permitir fluxo de caixa inicial para financiar as fases seguintes:
  • Fase 1 (Sistema Piloto/1987). Este sistema compreendeu 6 poços conectados a um manifold submarino, produzindo para uma Unidade Flutuante de Produção, Armazenagem e Descarregamento (FPSO-PP Moraes) e monobóia CALM, numa configuração de Single Buoy Storage (SBS – rigidamente conectada ao navio tanque), ancorados a 230 metros de lâmina d’água. Os transbordos de óleo foram conduzidos através da monobóia SBS para um navio tanque ligado a uma segunda monobóia. A profundidade de água dos poços submarinos variava de 252 a 335 metros. A monobóia SBS usada nesse sistema estabeleceu novo recorde mundial naquela época. 
  • Fase 1A (1990). Outros 11 poços e um segundo manifold submarino foram adicionados ao Sistema Piloto, totalizando 17 poços de produção. A lâmina d’água máxima para os poços de produção atingiu 450 metros. Uma segunda monobóia foi adicionada a fim de evitar interrupção na produção durante as mudanças de navio tanque. 
  • Fase 2 (1996). Abrange 46 novos poços escoando através de 5 manifolds para dois sistemas flutuantes de produção (P-25, semi-submersível, e P-31, FPSO), cada um com 100.000 bpd de capacidade de processamento. O óleo é exportado por monobóia e o gás por gasoduto.
O sistema abrange 63 poços (57 de produção e 6 de injeção), 7 manifolds submarinos e deverá produzir 170.000 bpd de óleo e 4,5 milhões de m3/dia de gás.
O campo de Marlim ocupa uma área de 132 km2 em lâmina d’água (LDA) variando de 650 a 1.050 metros. Sua produção foi iniciada em 1991 através de um pré-piloto usando uma sonda de perfuração adaptada (P-13) ancorada em lâmina d’água de 625 metros, com 2 poços em produção, em 721 e 752 metros de LDA e um monobóia para armazenamento de óleo.
O sistema piloto foi instalado em 1992 para substituir o sistema pré-piloto descrito acima. Ele compreendia 10 poços submarinos interligados através de risers flexíveis à semi-submersível P-20, ancorada em 600 metros de LDA. O óleo era escoado para duas monobóias e o gás exportado através de gasoduto Albacora-Garoupa, já existente.
Devido à complexidade do projeto, o desenvolvimento foi dividido em 2 fases, cada uma delas composta de 5 módulos. A Fase I compreende os módulos 1 e 2 e a Fase II, em implantação, os módulos 3,4 e 5.
A Fase I de Marlim compreende 2 sistemas flutuantes de produção, baseados em plataformas semi-submersíveis (P-18 e P-19), com autonomia de processo, injeção de água, escoamento de óleo para a Estação de Tratamento de óleo em Cabiúnas e do gás para a plataforma PNA-1. Cada plataforma tem a capacidade de procesar 100.000 bpd de óleo e 4,2 milhões m3/dia de gás, além de sistema de injeção para 20.000 m3/dia.
A Fase II, em implantação, compreende a intalação de 4 unidades adicionais de produção, sendo 1 semi-submersível e 3 FPSO, além de uma plataforma de apoio. Até o momento já foram instaladas 2 unidades de produção (1 semi-submersível e 1 FPSO) e a de apoio. No total, o campo irá abranger 94 poços de produção e 51 de injeção e produzir 511.000 bpd de óleo e 5,9 milhões de m3/dia de gás, 2002.
No bloco de Marlim Sul foi instalado, em 1997, um sistema de produção antecipada composto pela unidade FPSO-II, em lâmina d’água de 1.420 metros, interligada a 1 poço produtor, a 1.709 metros de lâmina d’água. À época, este poço estabeleceu o recorde mundial de lâmina d’água para completação submarina.
O desenvolvimento do bloco será feito em 2 módulos. O módulo I consistirá de semi-submersível (P-40, antiga DB-100) atualmente em conversão, que será ancorada em lâmina d’água de 1.080 metros e atingirá uma produção de 150.000 bpd de óleo e 6 milhões de m3/dia de gás, no ano 2000. Essa produção será exportada através de uma unidade de estocagem e transbordo (FSO), também sendo convetida (P-38).
O módulo irá abranger 1 ou 2 unidades de produção, dependendo do desempenho do sistema de produção antecipada.
Para o bloco de Marlim Leste, está prevista conexão de um poço daquela área a alguma das unidades instaladas no complexo de Marlim para levantamento de dados para o futuro desenvolvimento.
Os campos de Barracuda e Caratinga estão localizados a sudoeste de Marlim em lâmina d’água variando de 600 a 1.300 metros. Seu desenvolvimento consiste de 3 fases: Sistema de Produção Antecipada, Sistema Definitivo de Barracuda e Sistema Definitivo de Caratinga.
O Sistema de Produção Antecipada começou a produzir em 1997 através do FPSO P-34 em lâmina d’água de 785 metros. Deverá operar até a entrada do sistema definitivo.
O Sistema Definitivo de Barracuda deverá entrar em produção em 2001 e será composto de uma unidade de completação seca (P-41), ancorada em lâmina d’água de 815 metros, ligada a um FPSO (P-43), ancorada a 785 metros por um Sistema de Ancoragem de Complacência Diferenciada (Dicas). Deverão integrar o sistema 24 poços produtores e 17 injetores. A produção deverá atingir 175.000 bpd e 2,7 milhões de m3/dia de gás.
O Sistema Definitivo de Caratinga será composto de 1 FPSO (P-48) ancorado a 1.040 metros de LDA a ser instalado em 2002. O sistema compreenderá 13 poços produtores e 11 injetores, com uma produção de 100.000 bpd e 1,4 milhão m3/dia de gás.
A produção desses 2 sistemas será exportada através das plataformas fixas PNA-1 (gás) e PNA-2 (óleo).
Os recordes



Em função dessas descobertas em águas profundas e da necessidade de suprir a demanda do País, a Petrobras veio estabelecendo sucessivos recordes de profundidade de poço em produção.


O atual ocorreu em janeiro de 1999, quando entrou em produção o EPS de Roncador, campo situado na parte norte da Bacia de Campos, com uma área de 132 km2 e lâmina d’água entre 1.500 e 2.000 metros.
Esse sistema, vem produzindo mais de 20.000 bpd, é composto pelo navio Seillean, um FPSO de posicionamento dinâmico, localizado diretamente sobre o poço produtor em lâmina d’água de 1.853 metros, ligado à árvore de natal, instalada pelo próprio navio, por um riser vertical rígido pioneiro no mundo, sendo que ambos foram especialmente projetados para profundidades de até 2.000 metros.
Além de tais recordes, cabe destacar o fato de ser o único FPSO de posicionamento dinâmico em uso no mundo e a unidade desse tipo operando na maior lâmina d’água.
Esse sistema irá operar até o final de 1999, quando será substituído pelo sistema definitivo composto pela unidade semi-submersível Spirit of Columbus (P-36), atualmente sendo convertida para unidade de produção no Canadá, que repassará a produção de 21 poços para um FSO (P-47 – convertida a partir do navio Eastern Strength); a unidade de produção será ancorada a 1.360 metros de LDA e o FSO a 815 metros. O sistema deverá atingir um pico de produção de 180.000 bpd em 2002.
Novas tendências de completação
Ao longo desses mais de 30 anos, a Petrobras fez uso intensivo do conceito "equipamentos submarinos de completação + unidade flutuante de produção" nas atividades offshore. Os principais fatores que a levaram a essa opção foram:
  • As características dos reservatórios e as condições ambientais relativamente brandas encontrados na Bacia de Campos; 
  • A possibilidade de instalação de sistemas de produção antecipada para servir como laboratórios em escala para os sistemas definitivos, para realizar testes de poços e para permitir o desenvolvimento em fases dos grandes campos; 
  • A diminuição do risco e o melhor fluxo de caixa, já que a receita obtida em uma fase do desenvovimento participa do financiamento das seguintes; 
  • A maior rapidez obtida no desenvolvimento dos campos; 
  • As parcerias e cooperações estabelecidas com os fornecedores de equipamentos, o que possibilita a melhoria contínua dos mesmos e o relacionamento a longo prazo; 
  • A confiabilidade e rentabilidade desses sistemas, comprovadas na prática.
Todavia, as características dos fluidos encontrados em campos de águas ultra-profundas (lâmina d’água superior a 1.000 metros) estão levando a uma mudança na abordagem da questão, favorecendo a adoção de unidades de completação seca (UCS). Muitos desses campos apresentam óleo pesado variando de 15 a 20 oAPI que, combinado com as baixas temperaturas predominantes nestas profundidades, resulta em problema de escoamento.
Por esses motivos, a tendência ao uso de UCS tem aumentado ultimamente, já que essas unidades :
  • Propiciam melhores condições térmicas ao escoamento, antecipando a produção; 
  • Minimizam os problemas com a formação de depósitos de hidratos e parafinas devido à temperatura de escoamento mais elevada; 
  • Reduzem os custos operacionais com intervenções; 
  • Apresentam ações mais rápidas e econômicas para otimização e controle da produção; 
  • A evolução da tecnologia de perfuração, permitindo a drenagem de uma grande área a partir de um único cluster através de poços de grande angulação e afastamento em arenitos não consolidados e folhelhos instáveis.
Conclui-se que em mais de 30 anos de atividades offshore, a produção no mar tornou-se vital para o Brasil, passando a responder por cerca de 80% do total produzido no país no início de 1999, ou seja: cerca de 1 milhão de bpd provenientes de 74 plataformas fixas e 23 flutuantes. Nesse período, a Petrobras instalou, ainda, mais de 300 árvores de natal submarinas, 40 manifolds submarinos e 5.000 km de linhas flexíveis, rígidas e umbilicais de conttrole.
A partir das descobertas iniciadas em 1974, a Bacia de Campos assumiu a posição de principal província petrolífera do país. Nessa área existem hoje 37 campos produzindo cerca de 880.000 bpd de óleo (76% da produção nacional) e 15 milhões m3/dia de gás (47%) através de 14 unidades fixas e 22 flutuantes.
Cabe destacar a contribuição dos campos em águas profundas e ultra-profundas (em LDA acima de 400 metros) que, hoje, respondem por cerca de 50% da produção nacional.
Espera-se aumento significativo nas atividades nos próximos anos, com a instalação de 12 novas unidades flutuantes de produção e mais de 180 árvores de natal, 6 manifolds e 1.900 km de linhas e umbilicais.
Fonte: Sindipetro
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10 Perguntas para você entender o Pré-Sal:




1. O que é o pré-sal? O termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro, com potencial para a geração e acúmulo de petróleo. Convencionou-se chamar de pré-sal porque forma um intervalo de rochas que se estende por baixo de uma extensa camada de sal, que em certas áreas da costa atinge espessuras de até 2.000m. O termo pré é utilizado porque, ao longo do tempo, essas rochas foram sendo depositadas antes da camada de sal. A profundidade total dessas rochas, que é a distância entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal, pode chegar a mais de 7 mil metros.
As maiores descobertas de petróleo, no Brasil, foram feitas recentemente pela Petrobras na camada pré-sal localizada entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo, onde se encontrou grandes volumes de óleo leve. Na Bacia de Santos, por exemplo, o óleo já identificado no pré-sal tem uma densidade de 28,5º API, baixa acidez e baixo teor de enxofre. São características de um petróleo de alta qualidade e maior valor de mercado.
2. Qual o volume estimado de óleo encontrado nas acumulações do pré-sal descobertas até agora? Os primeiros resultados apontam para volumes muito expressivos. Para se ter uma ideia, só a acumulação de Tupi, na Bacia de Santos, tem volumes recuperáveis estimados entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente (óleo mais gás). Já o poço de Guará, também na Bacia de Santos, tem volumes de 1,1 a 2 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural, com densidade em torno de 30º API.
3. As recentes descobertas na camada pré-sal são economicamente viáveis? Com base no resultado dos poços até agora perfurados e testados, não há dúvida sobre a viabilidade técnica e econômica do desenvolvimento comercial das acumulações descobertas. Os estudos técnicos já feitos para o desenvolvimento do pré-sal, associados à mobilização de recursos de serviços e equipamentos especializados e de logística, nos permitem garantir o sucesso dessa empreitada. Algumas etapas importantes dessa tarefa já foram vencidas: em maio deste ano a Petrobras iniciou o teste de longa duração da área de Tupi, com capacidade para processar até 30 mil barris diários de petróleo. Um mês depois a Refinaria de Capuava (Recap), em São Paulo, refinou o primeiro volume de petróleo extraído da camada pré-sal da Bacia de Santos. É um marco histórico na indústria petrolífera mundial.
4. Como começou essa história de superação de desafios? Em 2004 foram perfurados alguns poços em busca de óleo na Bacia de Santos. É que ali haviam sido identificadas, acima da camada de sal, rochas arenosas depositadas em águas profundas, que já eram conhecidas. Se fosse encontrado óleo, a ideia era aprofundar a perfuração até chegar ao pré-sal, onde os técnicos acreditavam que seriam encontrados grandes reservatórios de petróleo.

Em 2006, quando a perfuração já havia alcançado 7.600m de profundidade a partir do nível do mar, foi encontrada uma acumulação gigante de gás e reservatórios de condensado de petróleo, um componente leve do petróleo. No mesmo ano, em outra perfuração feita na Bacia de Santos, a Companhia e seus parceiros fizeram nova descoberta, que mudaria definitivamente os rumos da exploração no Brasil. A pouco mais de 5 mil metros de profundidade, a partir da superfície do mar, veio a grande notícia: o poço, hoje batizado de Tupi, apresentava indícios de óleo abaixo da camada de sal. O sucesso levou à perfuração de mais sete poços e em todos encontrou-se petróleo. O investimento valeu a pena.
5. Com este resultado, o que muda para a Petrobras? Essas descobertas elevarão a empresa, ao longo dos próximos anos, a um novo patamar de reservas e produção de petróleo, colocando-a em posição de destaque no ranking das grandes companhias operadoras. Com a experiência adquirida no desenvolvimento de campos em águas profundas da Bacia de Campos, os técnicos da Petrobras estão preparados, hoje, para desenvolver as acumulações descobertas no pré-sal. Para isso, já estão promovendo adaptações da tecnologia e da logística desenvolvidas pela empresa ao longo dos anos.
6. Quais serão as contribuições dessas grandes descobertas para o desenvolvimento nacional? Diante do grande crescimento previsto das atividades da companhia para os próximos anos, tanto no pré-sal quanto nas demais áreas onde ela já opera, a Petrobras aumentou substancialmente os recursos programados em seu Plano de Negócios. São investimentos robustos, que garantirão a execução de uma das mais consistentes carteiras de projetos da indústria do petróleo no mundo. Serão novas plataformas de produção, mais de uma centena de embarcações de apoio, além da maior frota de sondas de perfuração a entrar em atividade nos próximos anos.

A construção das plataformas P-55 e P-57, entre outros projetos já encomendados à indústria naval, garantirá a ocupação dos estaleiros nacionais e de boa parte da cadeia de bens e serviços offshore do país. Só o Plano de Renovação de Barcos de Apoio, lançado em maio de 2008, prevê a construção de 146 novas embarcações, com a exigência de 70% a 80% de conteúdo nacional, a um custo total orçado em US$ 5 bilhões. A construção de cada embarcação vai gerar cerca de 500 novos empregos diretos e um total de 3.800 vagas para tripulantes para operar a nova frota.
7. A Petrobras está preparada, tecnologicamente, para desenvolver a área do pré-sal? Sim. Ela está direcionando grande parte de seus esforços para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico que garantirão, nos próximos anos, a produção dessa nova fronteira exploratória. Um exemplo é o Programa Tecnológico para o Desenvolvimento da Produção dos Reservatórios Pré-sal (Prosal), a exemplo dos bem-sucedidos programas desenvolvidos pelo seu Centro de Pesquisas (Cenpes), como o Procap, que viabilizou a produção em águas profundas. Além de desenvolver tecnologia própria, a empresa trabalha em sintonia com uma rede de universidades que contribuem para a formação de um sólido portfólio tecnológico nacional. Em dezembro o Cenpes já havia concluído a modelagem integrada em 3D das Bacias de Santos, Espírito Santo e Campos, que será fundamental na exploração das novas descobertas.
8. Como está a capacidade instalada da indústria para atender a essas demandas?Esse é outro grande desafio: a capacidade instalada da indústria de bens e serviços ainda é insuficiente para atender às demandas previstas. Diante disso, a Petrobras recorrerá a algumas vantagens competitivas já identificadas, para fomentar o desenvolvimento da cadeia de suprimentos. Graças à sua capacidade de alavancagem, pelo volume de compras, a empresa tem condições de firmar contratos de longo prazo com seus fornecedores. Uma garantia e tanto para um mercado em fase de expansão. Além disso, pode antecipar contratos, dar suporte a fornecedores estratégicos, captar recursos e atrair novos parceiros. Tudo isso alicerçado num programa agressivo de licitações para enfrentar os desafios de produção dos próximos anos.
9. Quais os trunfos da Petrobras para atuar na área do pré-sal? Em primeiro lugar, a inegável competência de seu corpo técnico e gerencial, reconhecida mundialmente; a experiência acumulada no desenvolvimento dos reservatórios em águas profundas e ultraprofundas das outras bacias brasileiras; sua base logística instalada no país; a sua capacidade de articulação com fornecedores de bens e serviços e com a área acadêmica no aporte de conhecimento; e o grande interesse econômico e tecnológico que esse desafio desperta na comunidade científica e industrial do país.
10. Que semelhanças podem ser identificadas entre o que ocorreu na década de 80, na Bacia de Campos, e agora, com o pré-sal?De fato, as descobertas no pré-sal deixam a Petrobras em situação semelhante à vivida na década de 80, quando foram descobertos os campos de Albacora e Marlim, em águas profundas da Bacia de Campos. Com aqueles campos, a Companhia identificava um modelo exploratório de rochas que inauguraria um novo ciclo de importantes descobertas. Foi a era dos turbiditos, rochas-reservatórios que abriram novas perspectivas à produção de petróleo no Brasil. Com o pré-sal da Bacia de Santos, inaugura-se, agora, novo modelo, assentado na descoberta de óleo e gás em reservatórios carbonáticos, com características geológicas diferentes. É o início de um novo e promissor horizonte exploratório.

Fonte: Click Macaé
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CURSO - TRANSPORTE MARÍTIMO DE PETRÓLEO, DERIVADOS E GASES


Data: 09/04/2012 até 13/04/2012
Endereço: Royal Rio Palace Hotel - Rua Duvivier, 82 - Copacabana
Cidade: Rio de Janeiro
Contato: IBP
Telefone: (21) 2112-9033 / (21) 2112-9027
Email: cursos@ibp.org.br
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LACPEC 2012: Programa técnico Multidisciplinar atrai líderes de petrolíferas latino-americanas


O DESENVOLVIMENTO DO MERCADO LATINO-AMERICANO E A REVITALIZAÇÃO DE CAMPOS MADUROS SÃO OS TEMAS PRINCIPAIS DO EVENTO


RIO DE JANEIRO – Um completo programa multidisciplinar é o principal atrativo para executivos e especialistas-chave das mais importantes companhias petrolíferas da América Latina, que assim como os fornecedores do setor, estarão reunidos na LACPEC 12, Latin American and Caribbean Petroleum Engineering Conference, da Sociedade dos Engenheiros de Petróleo (SPE, Society of Petroleum Engineers), que se realizará entre os dias 16 e 18 de abril na Cidade do México.

Desde 1982, a SPE patrocina a LACPEC, Conferencia que este ano apresenta como tema "Suprimento Energético: a America Latina faz a diferença”. Na ocasião, o presidente da LACPEC é Carlos Morales, diretor geral da Petróleos Mexicanos (PEMEX) Exploração e Produção.

Os três dias de conferência contarão com mais de 200 apresentações técnicas focadas no aumento da produtividade e maximização de recuperação avançada de petróleo e gás, na revitalização de campos maduros e nos desafios de novas fronteiras exploratórias, como o pré-sal.

Com um programa técnico multidisciplinar, a LACPEC reunirá líderes das operadoras petrolíferas da região, tais como Pemex, Petrobras, Ecopetrol, YPF, PDVSA, e Exxon, além de fornecedores do porte de Schlumberger, Halliburton, Weatherford e Baker Hughes.

Executivos de centros de pesquisa e desenvolvimento como Cenpes (Centro de Pesquisa da Petrobras), Petrobras, e acadêmicos da Universidade de Calgary participarão das sessões plenárias e técnicas. A SPE promove a disseminação do conhecimento e a interação entre a Academia e a indústria de petróleo, para atender a demanda por novas tecnologias.

“A participação na SPE LACPEC ajuda a disseminar o conhecimento necessário para a promoção do desenvolvimento sustentável dessa indústria e para a superação dos desafios do setor de óleo e gás”, afirma Pedro Silva Lopez, subdiretor de planejamento e chairman da SPE Seção México.

Sobre a SPE:
A Sociedade dos Engenheiros de Petróleo (SPE) é uma associação sem fins lucrativos cujos membros são profissionais envolvidos com o desenvolvimento e produção de recursos de energia. A SPE atende mais de 104.000 membros em 123 países do mundo. A SPE é um recurso fundamental para o conhecimento técnico relacionado à indústria de exploração e produção de petróleo e gás, e presta serviços através de suas publicações, eventos, cursos, treinamento e recursos on-line disponíveis no site http://www.spe.org

Fonte: QG do PETRÓLEO
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I Ciclo de Palestras de Petróleo UNESPE



O Capítulo Estudantil da Sociedade de Engenheiros de Petróleo da UNESA (www.speunesa.com) tem o prazer de convidá-los para I Ciclo de Palestras de Petróleo UNESPE, o primeiro evento organizado pelo Capítulo, que contará com 16 palestras técnicas, com temas da indústria de Petróleo & amp; Gás, apresentadas por profissionais Internacionais e Brasileiros do ramo.

O evento terá uma duração de 3 dias (do 16 ao 18 de Abril, das 19 às 22hs, cada dia) e será realizado no Campus AXKE, da Universidade Estácio de Sá, na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro). A entrada é franca e aberta a todos, incluindo alunos de todas as universidades, além de profissionais da indústria. Para participar é apenas necessário fazer o cadastro online (OBS: No caso dos alunos da Estácio, este cadastro servirá para lançamento de horas AAC).

DÚVIDAS FREQUENTES:

-QUEM ORGANIZA ESTE EVENTO?
A SPE (Society of Petroleum Engineers), permite alunos de universidades criarem o que se denomina de "Capítulo Estudantil SPE", que é uma representação da SPE em uma universidade. Recentemente a Universidade Estácio de Sá recebeu aprovação da SPE para criação do Capítulo, e somos nós que organizamos este evento.

-COMO PARTICIPAR?
Cadastre-se pelo link direto: unespe.speunesa.com ou bem, pelo nosso site www.speunesa.com, acessando pelo menu "UNESPE" e ali selecionando a opção "Cadastre-se".


-TEM ALGUM CUSTO?
NÃO, a entrada é gratuita.

-QUEM PODE ASSISTIR?
A entrada é gratuita e aberta a qualquer pessoa, incluindo estudantes de qualquer instituição, ou profissionais atuantes ou interessados na area do petróleo. OBS: Não é necessário estar cadastrado na SPE para assistir, porém, pedimos que isto seja feito.

-ONDE SERÁ REALIZADO?
O evento será no Campus AXKE (OBS: Não no campus Tom Jobim, no lado do Barra Shopping). O endereço é: Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso, 2.900, Barra da Tijuca. CEP: 22631-052. Tel: (21) 2432-3800

-QUAIS SÃO AS DATAS E HORÁRIOS?
Segunda 16/4: 19:00 -22:30
Terça 17/4: 19:00 -22:30
Quarta 18/4: 19:00 -22:30

-COMO SERÁ A AGENDA?
Acesse a agenda aqui

Fonte: QG do Petróleo
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